quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Prevenção Ativa: Abordagem em Rede

Você com certeza já ouviu a seguinte máxima:

"A melhor defesa é o ataque."

Pois é.

É pensando nisso que gostamos de trabalhar com o conceito de Prevenção Ativa. Não se trata de nada além do cuidado com a saúde de forma a prevenir, ativamente, os agravos.

Você pode se perguntar: "Ora! Mas isso não já é preconizado e feito em muitos lugares?!"

Eu te respondo que preconizado sim mas, realizado, assim, REALIZADO MESMO, eu vejo em poucos e honrosos exemplos. Isso porque, infelizmente, quando falamos em prevenção no Brasil, o que mais vemos é observação. Vemos a realização de exames periódicos, muitas vezes com capacidade de detecção de agravos à saúde duvidosa, na esperança de "pegar" alguma doença "no comecinho", quando seria provavelmente mais fácil tratá-la de forma medicamentosa. Isso não previne o surgimento da doença, apenas fica esperando que ela chegue para, depois, tratá-la.

A prevenção ativa consiste em implementar ações que realmente levem à redução dos riscos de surgimento das doenças e em realizar avaliações que tenham capacidade efetiva de detecção precoce de doenças. Isso é muito difícil de realizar, mas deve ser uma meta sempre visada pelo profissional de saúde, que não deve se acomodar em protocolos de prevenção vazios e ineficientes, como muitos dos propostos hoje em dia. É preciso esmiuçar a vida do paciente e compreender, tanto quanto possível, os processos pelos quais ele passa, biológica e psiquicamente, para que possamos cuidar dele e evitar ao máximo que o mesmo adoeça. Além disso, precisamos maximizar sua saúde. Além da sobrevivência, favorecer as vivências.

Para isso tudo ser realizado adequadamente, precisamos de uma Abordagem em Rede.

Esta é uma proposta de cuidar do paciente através de múltiplas atenções, executadas por múltiplos profissionais, mas que não fiquem isolados. É obrigatório que haja integração. Muitos serviços trabalham com modelos parecidos com esta proposta mas, o que costumamos ver, é uma guerra de brios e padrões técnicos diferentes entre as diferentes áreas das ciências da saúde. O que precisamos é de uma atenção realizada por grupos integrados, que falem a mesma língua e se comuniquem de fato. Com isso todos ganham, principalmente o paciente.

Sei que estou falando em utopias aqui, de diversas formas, mas tudo que se estrutura no mundo físico e manifestado começa no mundo das idéias. Idéias estas que nem são minhas, mas que compartilho aqui com vocês para multiplicá-las e jogar ainda mais fermento neste movimento.

Temos que nos mobilizar em prol do crescimento do cuidado com a SAÚDE para evitar as doenças e não apenas cuidar das doenças quando já esteja faltando saúde.

Integremo-nos, profissionais de saúde.

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